quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mozal cede à pressão e vai esclarecer o “bypass”

Para debater a matéria, a Mozal convidou para um encontro, hoje, nas suas instalações, representantes dos media, a população que será atingida pelos gases, para além do MICOA

Em resposta à pressão feita ao governo por ambientalistas, sociedade civil e órgãos de informação, por ter sido autorizada a emitir gases nocivos durante seis meses, sem filtros, nas suas actividades de produção de alumínio, a Mozal convidou algumas destas entidades para um encontro, hoje, com o propósito de “prestar informações sobre o projecto de melhoramento dos centros de tratamento de fumos”.

O encontro terá lugar, esta manhã, nas instalações da Mozal, e também contará com a participação da população que será potencialmente afectada pela emissão de gases, no âmbito do processo de reabilitação dos centros de tratamento de gases da mega-fundição de alumínio em Moçambique, Mozal.

Este encontro foi despoletado pela licença emitida pelo governo, permitindo à Mozal que trabalhasse num sistema chamado “bypass”. Através deste sistema, a Mozal fica com luz verde para libertar gases durante seis meses, sem filtros, enquanto reabilita os seus centros de tratamento de fumos. Os ambientalistas entendem que a decisão do governo de emitir esta licença especial para a Mozal está errada por não ter sido antecedida de nenhum estudo credível sobre o impacto ambiental que a actividade pode trazer para a saúde pública, no raio de acção, que, segundo a Justiça Ambiental (JA), poderá ser de 40 a 100 quilómetros.

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